segunda-feira, 15 de março de 2010

Como pode um Deus bom punir alguém? Como acreditar no Juízo final e na condenação eterna?

Como é possível acreditar no Juízo Final e na existência do inferno?



Como pode um Deus bom condenar alguém?

A resposta a esta pergunta é a seguinte: a existência do inferno e a certeza de um dia de Juízo final não são conceitos de homens falíveis, que se podem facilmente enganar. A Bíblia, Palavra infalível de Deus, é a fonte desta certeza.

A Bíblia fala com tanta seriedade e clareza sobre esta questão que vale a pena não a descartar, por puro preconceito, ou só porque nos desagrada ou incomoda. Pelo contrário, deveríamos prestar atenção a advertências como as seguintes:

Hb. 9:27 - «E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo…».

Ap. 21:8 - «Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte».

Ap. 20:15 - «E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo».

Ap. 21:27 - «E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro».

Mas, se pensarmos um pouco, veremos que há justificação para isto. Vamos considerar os seguintes aspectos:



1) A JUSTIÇA




A tendência das pessoas é interrogarem-se: como pode um Deus bom castigar alguém? Mas o outro lado da questão é: como poderia um Deus justo deixar de cumprir a Lei?

Imagine um juiz que julga um jovem que foi apanhado a roubar e, em certo momento, descobre que aquele jovem é filho de um grande amigo seu. Que fazer? A polícia está ali, as provas são claras, a lei tem de ser aplicada: o rapaz vai ser punido de acordo com a lei. Se não condenasse o jovem, aquele juiz seria injusto, e, provavelmente, seria desqualificado.

Um outro exemplo: sabe-se hoje que cerca de 50% dos crimes que incluem violação com morte da vítima nunca são apurados; o criminoso escapa. Você acha isto justo?! Mas de certeza que acha justo quando o criminoso é apanhado e sentenciado, segundo a prescrição da lei. Isto sucede porque você acha, e bem, que a lei que determina uma punição para quem mata e viola o seu semelhante é uma lei boa e justa.



2) A LEI




Então a questão fundamental está na justiça da Lei e não na justiça do Juiz, porque este limita-se a aplicar a lei. Por exemplo: se alguém for apanhado a roubar, sabe que vai sofrer a punição que a lei prevê para o crime. Independentemente de o juiz ser simpático ou não, boa pessoa ou não – isso pode determinar apenas o agravamento da pena, mas sempre dentro dos limites previstos pela lei.

A Lei de Deus é boa, é justa e é perfeita. Ela reflecte a natureza de Deus e a ordem que rege tudo o que Deus criou.

Uma pessoa que não transgrida a Lei que nos rege (resumida nos Dez Mandamentos) não tem nada a temer: se não há transgressão da Lei não há punição.



3) O PECADO





O grande problema é que não há nenhum homem que possa orgulhar-se de nunca ter transgredido! À transgressão da lei de Deus a Bíblia chama “pecado”. E Deus diz que «todos pecaram» e que «não há um justo, nem um só».

Qual é a punição para o pecado? A morte: «o salário do pecado é a morte»; «a alma que pecar, essa morrerá». A morte significa a privação da comunhão com Deus, que é a vida. Deus simplesmente não tem qualquer tipo de comunhão com as trevas. A grande tragédia do homem, para a qual ele não tem solução, é esta: porque é um transgressor da Lei (um pecador), ele está condenado à morte.



4) O ESCAPE





Mas Deus tem um escape para nós! Em vez de se limitar a executar friamente a Lei, condenando todo o pecador à morte, o Filho de Deus ofereceu-se para sofrer a punição em nosso lugar. É por isso que Ele foi chamado «o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo».

Mais um exemplo: imagine que vai a conduzir com excesso de velocidade e a polícia pára-o na estrada. O guarda é peremptório: você tem de pagar porque transgrediu. O auto já foi passado e registado. De repente, a sua esposa espreita pela janela e, ao olhar para o guarda, descobre que este é um primo a quem não via já há algum tempo. Cumprimentam-se efusivamente mas… a multa está passada. Então o guarda-primo tira a carteira do bolso e diz: «Eu mesmo vou pagar esta multa em vosso lugar. Podem seguir». A lei foi cumprida: para si, foi um livramento e uma bênção; mas o guarda teve de pagar o preço.

Alguém tem de pagar o preço do pecado, para que a lei seja cumprida e seja feita justiça. O milagre do amor de Deus não está em Ele ter violado a Lei, “fingindo” que tudo estava bem. O amor de Deus está em que Ele pagou o preço em nosso lugar. Jesus Cristo derramou o seu sangue para nos livrar dessa punição eterna.

Hoje, a única condição que Deus coloca para nos salvar é crer no Seu Filho:

Jo 3:18 - «Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus».

Quem crê em Jesus tem o seu nome escrito no LIVRO DA VIDA e está para sempre livre da condenação. Mas se virarmos as costas ao amor de Deus, não haverá para nós senão a expectativa do destino terrível da eternidade sem Deus. Por isso a Bíblia adverte:

Hebreus 2:3 - «Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?

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