quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Peixes bons e Peixes Ruins

INTRODUÇÃO

Marcos 16:15 –20 Somos convocados a trabalhar: “E disse-lhes: ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura...”.




A convocação feita por Jesus a seus discípulos no passado se estende a todos nós pertencentes à Igreja fiel, aquela que quer fazer a Sua vontade e aguarda a Sua volta.





Mateus 13:47 a 49 “O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada no mar que apanha toda qualidade de peixes. Estando cheias a puxam para a praia e assentando-se apanham para os cestos os bons lançam para fora os ruins”.
O Senhor adverte aqueles que serão pescadores de almas: encontraremos na rede “peixes bons” e “peixes ruins”.

DESENVOLVIMENTO

Aproximadamente no ano 40 d C, Estevão faz seu discurso de defesa das falsas acusações a ele dirigidas pelos chefes religiosos, resultando no seu apedrejamento e morte. Antes de morrer, porém, cheio do Espírito Santo testemunha: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem que está em pé à mão direita de Deus” (Atos 7:56).
O povo gritava e tapava os ouvidos para não serem tocados por este testemunho maravilhoso daquele que foi o primeiro mártir do cristianismo. Suas palavras finais foram: “não lhes imputes este pecado”.

Atos 8:1 “E também Saulo consentiu na morte dele”.
Após este martírio houve uma grande perseguição à igreja de Jerusalém e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos. Os dispersos pregavam a palavra de Deus.

Atos 8:5 “Filipe descendo a cidade de Samaria lhes pregava a Cristo”.
Vimos, anteriormente, no estudo do mês dos secundaristas, que nesta mesma cidade de Samaria, Jesus derruba fronteiras preconceituosas e conversa com a mulher samaritana, tendo ela aquele encontro maravilhoso com o Senhor.

Filipe, agora, continua a obra evangelística do Senhor.
Quem era Filipe?
Atos 6:3 “Escolhei dentre vós homens cheios de boa reputação, cheios do Espírito Santo, cheios de sabedoria”.
Era um dos sete escolhidos pela comunidade da igreja de Jerusalém para o diaconato. Ele não era, portanto, Filipe o apóstolo.


Em Samaria Filipe anuncia a Cristo com poder, unção e graça.
Atos 8:6 “As multidões prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia”; confirmando a promessa que o Senhor fizera em Marcos 16:17 – “E estes sinais seguirão aos que crêem”.

OBRA PARALELA

Vamos nos lembrar que em muitos momentos narrados da Bíblia, quando a obra de Deus é realizada, pode surgir uma outra paralela na tentativa de imitar, confundir, iludir, tornar o espiritual em material. Exemplos:

1º - Em Gênesis 4, O Senhor revela a oferta que seria agradável e perfeita:
Abel – oferece, segundo a vontade de Deus, primogênito de suas ovelhas;
Caim – oferece, segundo sua própria vontade, os frutos da terra.

2°- Em Êxodo 20:2, Deus revela nos dez mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim”. O inimigo instiga o povo a fazer um bezerro de ouro para adorar e desviar da verdadeira vontade de Deus.

“PEIXES BONS” E “PEIXES RUINS”

A rede é lançada por Filipe.
Muitos peixes bons foram colhidos e, no meio desta pesca, veio um com aparência de bom – Simão. (Atos 8:9 –11)
Quem era Simão?
v.9 morador de Samaria;
v.9 dizendo ser um grande personagem;
v.10 era alimentado pela vaidade;
v.10 tinha muitos adeptos;
v.11 praticava a magia.

Lembremos, também, que hoje não é diferente. A decadência da fé e da moral leva o povo fragilizado a buscar falsos religiosos, falsos profetas, mas o povo quando viu e ouviu as obras realizadas por Filipe pode fazer o confronto com a obra de Simão, pois, os que andavam em trevas, puderam contemplar A Verdadeira Luz, se renderam a Jesus Cristo, foram transformados e batizados, “assim homens como mulheres”.

v. 13 “E creu até o próprio Simão e sendo batizado ficou de contínuo com Filipe.”
Simão veio também na pescaria, abraçando a Fé e, tendo sido batizado, acompanhava Filipe observando extasiado os grandes milagres praticados.

DISCERNIMENTO NO CORPO

v.14 “Os apóstolos que estavam em Jerusalém ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviam PEDRO e JOÃO para auxiliarem a Filipe” – é o atendimento às necessidades no corpo. O primeiro ato dos dois apóstolos foi orar e impor as mãos sobre os crentes para que recebessem o Espírito Santo, pois já tinham sido batizados em nome de Jesus.
v.18 Simão ao observar que pela imposição de mãos eles receberam o Espírito Santo oferece dinheiro aos apóstolos dizendo:
v.19 “Concede-me também a mim esse poder para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo”.
Pedro percebe, através dessa atitude, que Simão não tinha entendido o plano de salvação, pois acostumado à vida de mentira e pecado, insensível, achou natural comprar a benção espiritual para que pudesse manipulá-la por dinheiro.
Os enganadores como Simão estão aí, comercializando, vendendo e comprando bênçãos para imitar os atos do Espírito Santo.
É uma fé que visa o interesse próprio.
v. 20 – “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir por meio dele o dom de Deus”.
Pedro não queria prata nem ouro, mas sim falar em nome de Jesus para arrependimento dos pecados.
v.21 – Não tens parte nem sorte neste ministério,“porque o teu coração não é reto diante de Deus”.

Simão não percebera que para haver os dons do Espírito o servo necessita:

• estar no corpo;
• entender que os dons não são seus, mas são do Espírito Santo;
• entender que a verdadeira Fé produz arrependimento real, mudança de vida.

v.22 A misericórdia de Jesus é também proclamada por Pedro: “Arrepende-te dessa tua iniqüidade e ora a Deus, para que porventura talvez te seja perdoado o pensamento do teu coração”.

v.23 Pedro, por revelação, discerne a escravidão espiritual de Simão e diz: “Vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade” –– aquilo que estava oculto veio a ser revelado.
Pedro dirige-se a Simão dando mais uma oportunidade para verdadeiro o arrependimento.
Certamente, ao exercermos a instrumentalidade, iremos encontrar pessoas com as características de Simão, e para agirmos com eles, só na revelação pelo poder do Espírito Santo, com clamor, oração e jejum.

v. 24 – “Orai para que nada do que disseste sobrevenha a mim”.
Simão depois de tudo isso revela que não tinha se libertado da vida anterior baseada na superstição.
Não havia na palavra de Pedro nenhuma ameaça de castigo e, Simão, por não ter entendido a obra do Espírito Santo, não percebe que a palavra de Pedro era uma exortação ao arrependimento.

CONCLUSÃO

A palavra para nós hoje é de vigilância e discernimento para não sermos iludidos e, de animo, para que ao encontrarmos pessoas como Simão não venhamos a desanimar, mas continuemos a falar do Senhor Jesus.
O adversário quer sempre desviar o servo de dar todo o PODER, HONRA, GLÓRIA devida somente a Deus.
Mas lembramos que a operação do Espírito Santo produz:

• Arrependimento
• Salvação
• Mudança de Vida
• Batismo no Espírito Santo
• Dons Espirituais
• Conhecimento da doutrina e zelo por ela.
• Sinais
• Frutos.

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